terça-feira, 10 de maio de 2011

Efeitos do treinamento aeróbico sobre a freqüência cardíaca


O exercício físico regular representa um importante fator para reduzir índices de morbimortalidade cardiovascular e por todas as causas. Entretanto, parece haver benefícios adicionais e independentes da prática regular do exercício físico e da melhora no nível de condição aeróbica. A freqüência cardíaca (FC) é mediada primariamente pela atividade direta do sistema nervoso autônomo (SNA), através dos ramos simpático e parassimpático sobre a auto-ritmicidade do nódulo sinusal, com predominância da atividade vagal (parassimpática) em repouso e simpática durante o exercício. O comportamento da FC tem sido amplamente estudado em diferentes tipos e condições associadas ao exercício. Redução do tônus vagal cardíaco e, conseqüentemente, da variabilidade da FC em repouso, independentemente do protocolo de mensuração, está relacionada à disfunção autonômica, a doenças crônico-degenerativas e ao risco de mortalidade aumentado. Indivíduos com boa condição aeróbica tendem a apresentar FC de repouso mais baixa, concomitantemente a maior atividade parassimpática ou menor atividade simpática, mas não se pode afirmar que esta seja uma conseqüência direta do treinamento, pois outras adaptações inerentes ao condicionamento aeróbico podem influenciar o comportamento da FC em repouso. A resposta da FC no início do exercício permite estudar a integridade da ação vagal cardíaca. A recuperação da FC após esforço tanto máximo como submáximo também denota informação prognóstica relevante. Aqueles que apresentam recuperação mais lenta da FC no primeiro minuto pós-esforço possuem risco de mortalidade aumentado. Não são claros ainda os mecanismos envolvidos na modulação da FC em função de um programa de exercícios.

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